sexta-feira, 3 de julho de 2009

INESPERADO


INESPERADO
Oswaldo Antônio Begiato

Se o teu coração
imenso e veloz
Puder perdoar meu coração
Pequenino e trôpego
Peço perdoar-me
não pelo medo que tive de sofrer
Mas pela ousadia que tive de te amar
Em todas tuas dimensões
Com todas minhas proporções.

Com minh’alma
em contentamentos
Cobri,
com meu norte e meu sul,
teus cantos todos
Porque foram tão singelas
e perenes
As esperanças que tatuaste
em minha solidão:

- O vaso vazio à espera de flores;
Flores repletas
bordadas dentro dos olhos.
- O livro leve à espera de poesias;
Poesias meigas
semeadas por entre lírios.
- A noite nobre à espera de estrelas;
Estrelas meninas
vestidas de cor de rosa.
- A taça tosca à espera do tinto vinho;
Vinho ardente
fermentado no céu da boca.
- A canção límpida à espera da voz;
Voz metálica
apurada nas catedrais.
- O barco brando à espera da tormenta;
Tormenta sem calmaria para amar...
Para te amar!

E nossas bocas bobas
à espera do beijo
- Beijo longo perdido na brevidade da paixão -
É o filme sem cortes
à espera de um final feliz;
Final feliz escrito pelas mãos da própria Felicidade.

3 comentários:

Unknown disse...

Cada vem mais, me encanto com você. Você é profundo e ao mesmo tempo tão delicado ao expor seus sentimentos. Quanta sensibilidade!! A cada poema seu poeta, eu me apaixono mais. Tudo que escreve é divinamente perfeito. Parabéns, meu querido!
Beijo de Maria Rita.

Mariano P. Sousa disse...

Osvaldo!
Que lindo poema..
Só quem fala com o c oração é capaz de escrever o amor!
Parabés poeta!

Maria Bonfá disse...

meu querido..meu poeta maravilhoso.. sua alma de uma pureza imensa me encanta, me emociona.. vc é todo poesia e ternura..Parabéns.. meu amigo querido...beijos Maria Bonfá