domingo, 1 de fevereiro de 2015

FINADOS

FINADOS
Oswaldo Antônio Begiato

Ninguém deveria ter seus parafusos
E porcas
E neurônios soltos
Por conta de estradas ruins
Que a vida constrói para nossa viagem.

Ninguém deveria perder nada;
Nem cabelos,
Nem olhos,
Nem a vista,
Nem o juízo.

Ninguém deveria adoecer.

Ninguém deveria sofrer a dor do envelhecimento.

E a morte deveria ser
Como se fosse a composição de nosso sonho final.


Serena como o amanhecer na primavera.