MEUS DIAS
Oswaldo Antônio Begiato
No dia em que a Felicidade bater
À porta da frente de minhas constâncias
Eu já não estarei mais dentro:
Terei saído de mudança
Pela porta dos fundos.
Mas Ela encontrará tudo arranjado:
O chão limpo e encerado,
A louça lavada e guardada,
As camas perfumadas e estendidas,
As coisas alinhadas e sem pó,
A alma livre e serenada.
Esquecerei então que um dia fui
Pedra selvagem e estrela cadente,
Carvão e diamante,
Esterco e pétala,
Corcunda e asas.
Serei uma gota de orvalho cristalizada
Que o destino quis como pingente
Adornando a garganta da eternidade.
2 comentários:
Seus dias, minhas noites.
Meus olhos iluminam a escuridão e o incêndio da lua no céu arrepia as memórias do que fui.
Então, escrevo.
E o silêncio parte-se em mil pedaços ao toque na minha mão e as palavras ganham relevo e saem do papel.
Caminham pelo chão, como quem dá o primeiro passo, como quem começa, sem saber que existe um fim.
Não me beijam, as palavras, mas as sinto pressionando minha pele, determinadas que estão a entranharem-se no meu coração e se fazerem poema de renascer.
Poeta bom dia,
Linda poesia, sei que sou suspeita em dizer mais amo tudo que escreve gosto demais sou tua fã mesmo... para mim vc é um "diamante".
Um beijo que Deus continue inspirando você ainda mais.
Amo=te!
Sua amiga
RÊ!!
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