quinta-feira, 13 de novembro de 2008

MEUS DIAS

MEUS DIAS
Oswaldo Antônio Begiato


No dia em que a Felicidade bater
À porta da frente de minhas constâncias
Eu já não estarei mais dentro:
Terei saído de mudança
Pela porta dos fundos.

Mas Ela encontrará tudo arranjado:
O chão limpo e encerado,
A louça lavada e guardada,
As camas perfumadas e estendidas,
As coisas alinhadas e sem pó,
A alma livre e serenada.

Esquecerei então que um dia fui
Pedra selvagem e estrela cadente,
Carvão e diamante,
Esterco e pétala,
Corcunda e asas.

Serei uma gota de orvalho cristalizada
Que o destino quis como pingente
Adornando a garganta da eternidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Seus dias, minhas noites.
Meus olhos iluminam a escuridão e o incêndio da lua no céu arrepia as memórias do que fui.
Então, escrevo.
E o silêncio parte-se em mil pedaços ao toque na minha mão e as palavras ganham relevo e saem do papel.
Caminham pelo chão, como quem dá o primeiro passo, como quem começa, sem saber que existe um fim.
Não me beijam, as palavras, mas as sinto pressionando minha pele, determinadas que estão a entranharem-se no meu coração e se fazerem poema de renascer.

Anônimo disse...

Poeta bom dia,

Linda poesia, sei que sou suspeita em dizer mais amo tudo que escreve gosto demais sou tua fã mesmo... para mim vc é um "diamante".
Um beijo que Deus continue inspirando você ainda mais.
Amo=te!
Sua amiga
RÊ!!