domingo, 15 de janeiro de 2012

DESMAZELO


DESMAZELO
Oswaldo Antônio Begiato

Meu doce amor, que essa vá lhe achar com saúde.
Tenho sofrido o suplício de sua ausência,
Sentido uma saudade dura e incontrolável
Rasgando as águas turvas de meu coração.

Navalha impiedosa incisa sem deixar sangrar;
Dói feito a penetração pungente da espada.
Do beijo além do cheiro formoso da aurora
Sinto falta do despertar florido e fresco

E do adormecer nos braços do entardecer.
Do corpo retenho a ardência e o forte perfume
Da ambrosia e do néctar que, distraída, trouxeste

Por conta de um descuido dos deuses do Olimpo.
Meu doce amor vem, nem que seja por desleixo,
Cuidar das dobras bobas de meus sentimentos.

Um comentário:

Antonio Vendramini Neto disse...

A sua verve caminha solta pelos caminhos da poesia.
Belopoema.
Um abraço.