terça-feira, 10 de julho de 2012

INCORRIGÍVEL BOEMIA


INCORRIGÍVEL BOEMIA
Oswaldo Antônio Begiato

os botequins
sempre abrem
abrem e fecham
fecham e abrem
os botequins
sempre
e sempre
e sempre...

e sempre há neles um cantor
com o sentimento ferido
e o coração rasgado
pelo cutelo do abandono
cantando e cantando e cantando
a canção que não se deixa findar

diferentemente de mim
que sou apenas um pobre ouvidor
e vivo reclamando da vida
horas e horas a fio
quase sempre embriagado
sentado à mesa amargurado
ouvindo e ouvindo e ouvindo
a canção que não pode se findar

3 comentários:

Anônimo disse...

E o meu querido Poeta e Amigo transmite,de forma maravilhosa,sensível,triste até,o
ambiente da boémia que nos fascina,
dos locais onde se afogam mágoas!
Lindo,meu Amigo.
Beijo.
isa.
PS:- estive sem pc durante estes dias todos...mas acho que está bem agora.

Anônimo disse...

Sou um inveterado admirador da metafísica dos botequins...

Poema expressivo, parabéns!

Abraço amigo!

Milene Sarquissiano disse...

Embriagada com toda essência que destilas entre linhas...

parabéns,Begizinho