sábado, 31 de dezembro de 2011

OSSOS E SANGUE


OSSOS E SANGUE
Oswaldo Antônio Begiato

Para que servem
os sonhos que sempre tive,
se o tempo passou
e me petrificou?

Onde posso
encontrar carne e ossos,
se tudo agora
são pedras?

Como verter
das veias, sangue,
e revelar o pulsar do coração
se pertenço ao mundo mineral?

Como amar
se minhas perdas
fizeram de meus sentimentos
uma rua ladrilhada?

3 comentários:

Maria Helena Mueller - Lelê disse...

Olá Poeta!
Me identifiquei com esta sua poesia!
Que pena...
Queria que tudo fosse tão diferente...
Bjs de carinho em seu coração.

Milene Sarquissiano disse...

Arranhar os ossos e tomar o sangue num porre louco. Fazer nada com sentido. Pulsar e viver.Animalizar.Urrar dando bravos à tua belíssima poesia.Ponto.
G- E-N-I-A-L!!!!

BEIJOSSS

MARILENE disse...

As pedras e os ossos também têm sensibilidade, no voo dos versos e no foco da vida.

Abraços