quinta-feira, 26 de maio de 2011

ZÉS


ZÉS
Oswaldo Antônio Begiato

No tempo do zagaia
(meu amigo Zé dizia tempo do Zé do Gaio)
havia umas rosinhas
feitas por doceiras com amêndoas e clara de ovo
para enfeitar bolos de noiva;
rosa, azul, branca, verde...

Eu era criança
nem ligava para o bolo,
só queria saber delas, as rosas;
chamavam-se marzipã
(meu amigo Zé dizia Maria do Zé Pão).

Eu gostava de ouvir as coisas novas da língua que meu amigo Zé inventava.
Eram tempos de muitos Zés e poucas escolas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Meu querido Poeta,meu Amigo,e como
os Zés sabiam do que falavam!
Como ajudavam a formar os nossos
coraçõezinhos de meninos!
Lindo mesmo.
Beijo.
isa.

NeusaMarilda disse...

Boa noite!Gostei da leitura leve e que mostra realidades e tempos diferentes.Obrigada!!Abçs..

Neneca Barbosa - Um ser humano em evolução! disse...

Parabéns meu amigo poeta! É bem verdade que nos tempos idos haviam poucas escolas, mas a sabedoria dos "Zés" era de um valor intrínseco, em suas almas.Um abraço! Neneca

Unknown disse...

Saudade
é trazer para dentro do peito
o que deveria estar
ao alcance dos olhos.

Lou Witt

Beijos na alma e coração...M@ria