quinta-feira, 5 de maio de 2011

NA RUA DE MINHA CASA


NA RUA DE MINHA CASA
Oswaldo Antônio Begiato

Enquanto o Reino Unido se encantava com o casamento de seus príncipes,
No agora deserto de meu pequenino reino,
Formado por paralelepípedos, asfaltos e concretos,
Uma maria-sem-vergonha decidiu nascer dentro do bueiro
(Oásis inóspito de um progresso desenfreado ).

Nasceu cor-de-rosa com pintas brancas.
Lá dentro foi se fazendo feminina;
Vestiu-se como uma promessa atrevida
E rindo foi brincando com o impossível.

De flor assim tão frágil
nunca vi tanta meiguice.
Nunca vi tanta coragem.

6 comentários:

A Wild Garden disse...

E esta singela flor se tornou a sua plebéia princesa coroada!

Anônimo disse...

Meu querido Poeta,meu Amigo,um poema
belo,singelo,harmonioso casado com 1
imagem perfeita!
Beijo.
isa.

MEUS POEMAS disse...

OBRIGADA OSWALDO POR SEGUIR-ME, PRAZER EM CONHECÊ-LO!
GANHEI DE VC, TENHO 4 HOMENS TB LINDOS COMO OS SEUS!
PARABÉNS PELO BLOG E PELOS POEMAS LINDOS!
BJS DA GENA

Milene Sarquissiano disse...

Hoje não vou deixar comentário, para que não me chames de "exagerada".
Hoje, transcrevo aqui o comentário de Mauro Veras, deixado em minha página,para que você tire suas próprias conclusões.

bjos,querido
===


"Não foi preciso ler Begiato dizer que Bandeira o influenciou, ainda menino. Há em seus versos a leveza intensa das coisas simples, e a trasformação da dor das coisas complexas em palavras que parecem purgar, com sua beleza, os percalços da existência ... coisas de Bandeira, coisas de poeta, coisas de Begiato!

Sem amarras, senão as da emoção, seus versos fluem como fossem singelos - afinal, o poeta fala, na maior parte das vezes, de coisas singelas e do cotidiano! - mas, sem que percebamos, nos fazem mergulhar na densidade da alma humana, como se pudéssemos entender "as sem-razões" da dor, da desilusão, do amor, da existência. Talvez Begiato nos ajude a compreender a vida através da sua arte, simples, que é porque é; talvez nos faça ficar confusos com tanta beleza espontânea, mas certamente nos tocará, como fazem os verdadeiros artistas, como fazem Bandeira, Drummond, como fazem os verdadeiros poetas.

Não precisava ser amigo de Oswaldo para tecer elogios a ele. Bastava ter lido Begiato, o que tive a enorme sorte de fazer!

Mauro Veras
poeta e crítico literário

NeusaMarilda disse...

Linda poesia,sentimentos verdadeiros como a vida pede.Muito bonito seu Blog.Abrçs..

Sél disse...

As flores tem essa coragem mesmo!
Desafiam pedras *-*
Adorei a coragem da maria-sem-vergonha rsrs
bjs