segunda-feira, 4 de outubro de 2010

AS FLORES


AS FLORES
Oswaldo Antônio Begiato

As flores rubras,
despencadas da tenra primavera,
amanheceram na poça de óleo
mitigadas por gotas geladas de sereno.
Tão delicadas! Tão flores!

Faziam um reflexo rubro-negro
sobre a profundidade inviolável;
sobre o abismo intemporal;
sobre o infinito inescrutável.
Tão copiosas! Tão flores!

E nada mais no Universo todo
continha tanta doçura e tanta tristeza e tanta eternidade
como aquela imagem solitária abandonada à margem da rua.
Tão infindáveis! Tão flores!

4 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Olá Antônio
Tão flores, tão belas e às vezes tão sofridas.
Bjux

Neneca Barbosa - Um ser humano em evolução! disse...

Boa noite querido Oswaldo!
"As Flores"! Há como são belas!
Às vezes elas são levadas pelo vento, deixando saudades em nossa alma. Belo poema!
Saudades meu amigo de você.
Muita luz e muita paz!
Um abraço! Neneca.

Anônimo disse...

E elas,as flores mostravam a sua beleza,impunham a cor,a fragilidade,
o aroma onde ninguém pensava que pudessem nascer...
É assim,tantas vezes a Vida para flores de vária natureza!
Meu querido Poeta,quanta beleza,qto ritmo.
Beijo.
isa.

Milene Sarquissiano disse...

Que as tuas pernas sigam te levando por caminhos tão inspiradores.
Essa poesia é toda perfumada,tem mesmo o aroma da primavera.
Dá uma leveza tão boa na alma,lê-la.

Beijo