SÓS
Oswaldo Antônio Begiato
Oswaldo Antônio Begiato
Sozinhos por uma noite inteira andamos de mãos juntas.
Queríamos ver estrelas cadentes
No rosto de pessoas contentes
Andando à nossa volta,
Mas os nossos limites eram feitos de desertos
E a noite árida deixou nossas almas trêmulas.
Nada dissemos que pudesse parecer um reinício;
Nossos olhos por nenhum momento se buscaram;
Sequer sentimos o calor de nossos corpos,
Sequer ouvimos o som de nossos passos.
Havia uma imensa distância;
Uma distância que permitia a tudo nos ser estranho.
A luz pálida de um fim de caminho
Fazia-se dissimular no horizonte.
Ali seria o nosso lugar de chegada
E seria o nosso lugar de partida.
Assim foi feito:
Todas as regras foram cumpridas,
Todos os desejos alheios realizados.
E, apesar de tudo,
Nunca houve em minha vida
Ternura tão intensa
Que de tão intensa se fez eterna.
4 comentários:
Para aqui me guiam os passos em palavras de reencontro e metafisicos destinos.
Dos teus modos suaves e em paixão paridos me reconheço!
É bom, amigo, repousar no descanço doce da alma que desnudas!
Obrigado
Oswaldo,
admiro mto vc amigo poeta,seus poemas são lindos,de uma sensibilidade muito grande,gosto de ler suas poesias pq elas acalentam à minha alma e aquecem o meu coração. "SÓS" é simplesmente um poema envolvente, esplêndido! Maravilhoso...
"Sós"! Lindo poema Oswaldo!
Como me deleitei lendo esse caminhar...Levou-me ao um vôo...
Beijos meu amigo!
Queríamos ver estrelas cadentes
No rosto de pessoas contentes
Andando à nossa volta...
Que lindo isso poeta.
Simplesmente lindo!!
Parabéns
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