sábado, 4 de fevereiro de 2012

MEDO


MEDO
Oswaldo Antônio Begiato

Há vidas
e há vidas
havidas
ávidas.

Não se chegue
muito perto;
se chegar
fique em silêncio.

Posso apenas
prender firmemente
meus olhos desordenados
aos seus olhos
(há neles um conforto,
um nível
e uma infinitude
só vistos
nos oceanos
serenos).

Nada mais posso.
Se eu for além,
ou vier do além
corro o risco de lhe invadir
rompendo seus vínculos.

É que o medo que me cerca
vem de dentro de mim.

5 comentários:

Maria Helena Mueller - Lelê disse...

Ah! Poeta!
Leio seus poemas e fico com vontade de lhe dizer o quanto aprecio, mas... me faltam palavras...
Abraços de carinho em seu lindo coração!

Milene Sarquissiano disse...

É nas amarras dos teus versos que te fazes livre. Voa,passarinho,sem medo de quedar.
Beijos

Marluce Aires disse...

Quanta coisa linda Begiato. POETA, que arranca da alma e escreve para nunca quem leu, esquecer!!! Tenhas um feliz dia.

MARILENE disse...

Li seu poema no blog da Isa e me encantei. O poema vale pelo sentimento que desperta. Você é ótimo com as palavras.

Abraços

Neneca Barbosa - Um ser humano em evolução! disse...

Que belo poema, meu amigo poeta Oswaldo. Muitas vezes o medo de poder invadir o outro, faz com que nos fechemos, mas isso é natural, porque vem da nossa alma, como você mesmo falou. Ah, obrigada pelos comentários em meu blog. Um abraço! Neneca