sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

CURVAS



CURVAS
Oswaldo Antônio Begiato

Nas tuas montanhas insondáveis e vastas
(Nádegas, seios e malícias)
Vagam minhas entranhas fecundas e castas
(Ventre, umbigo e delícias),
Por isso supor-lhe-á o mundo desvios tantos
(Volúpias, coxas e desejos),
A encher-lhe de insuportáveis e belos prantos
(Saudades, perdões e beijos).

Em tuas tenras e leves pétalas rasgadas
(Esterco, broto e tesão),
Nas tuas raízes à flor da terra e mal regadas
(Chuva, tardes e verão),
Renasço, livre como o vento, em tuas pegadas
(Areia, estrada e destino)
E me entrego a ti virgem e feliz como chegadas
(Sorriso, bocas e menino).

Com as mãos cheias de chaves, me libertas
(Elos, cadeados e segredos)
E no teu colo proibido e repleto de ofertas
(Sono, abandono e medos),
Zonzo, pelos labirintos de tua mente sadia
(Poemas, livros e mais ninguém),
Repouso, sem prisões, minha insana travessia
(A loucura é o meu maior bem).

3 comentários:

Maithê disse...

[b]Curvas....

Muito intenso!!!
Inteiro!Lindo!
Parabéns poeta.

Anônimo disse...

Adorei !
Parabéns Amigo e que o Mundo lhe sorria! Merece !!!

Aninha disse...

Um poema sensual e romântico!
Gostei muito mesmo, Wado!Parabéns!
Carinhos...