segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ANGÚSTIA

ANGÚSTIA
Oswaldo Antônio Begiato
 
Para Niquinho, amigo de boteco.
 
Jaz aqui minh ‘alma desconsolada
Cujo corpo frágil partiu-se em muitos,
Cujo corpo partiu-se para sempre.
Jazo eu aqui, sem corpo e sem alma.
 
No contundente silêncio da morte
Jazem insepultos os pensamentos,
As flores semeadas pelo vento
E os vermes espertos comendo a carne.
 
No momento preciso foi-se a vida,
Carregando dentro dela os sonhos,
As esperanças bobas e as angústias.
Foi-se após um longo tempo de dor.
 
Sofrimento, deixai a morte em paz!

Um comentário:

Regina Costa disse...

Vim reler tua alma aflorada... bjs de fã.