segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

DE ENDEREÇO NOVO

DE ENDEREÇO NOVO
Oswaldo Antônio Begiato

No fim da rua,
passando a quitanda,
há uma casinha branca.
Portas e janelas azuis.
É ali. Entre sem bater.

No quarto a cama com lençol e colcha
(foi Teresa quem lavou,
passou bordou suas iniciais e estendeu);
faça neles as dobras que só seu corpo sabe fazer
e entre as dobras esconda seu perfume.

Quando eu chegar
(fui logo ali escrever com o canivete,
no tronco de uma mangueira,
nosso nome dentro de um coração)
vou lhe dar uma rosa vermelha,
deitar-me na cama junto a teus pés
e em seguida morrer de amor.

Como sempre faço quando mudo meu endereço
(Você bem sabe disso)!
 
 

2 comentários:

Maithê disse...

Olá poeta.

Lindo poema, parabéns!
Fiquei encantada.
Beijos

Anônimo disse...

Ternamente sensual.
Um carinho cheio de musicalidade.
Lindíssimo.
Boa noite.
isa.