segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DESEJOS

DESEJOS
Oswaldo Antônio Begiato

No princípio
ela quis apenas
um instante.

Depois,
quando o céu
era tocável,
desejou muito
o perfume
das horas.

Mais tarde,
cheia da esperança
de quem nasce
livre,
suplicou pelo olhar
da vida inteira.

Algum tempo mais,
radiante
como uma noiva
virgem,
morria pela promessa
de eternidade.

Quando a última lágrima
chegou,
feliz como cuitelinho
diante do açucar,
ela se entregou escrava
de corpo
e alma
ao amor temporal.

2 comentários:

Anônimo disse...

Querido Poeta, meu Amigo,dos mais belos dos seus Poemas!
Todo ele suave musicalidade.
O final é a triste realidade humana!
Muito bom!
Beijo.
isa.

Maria Helena Mueller - Lelê disse...

Olá Poeta!
Desculpe ser repetitiva: Lindo Poema! E como disse nossa amiga Isa, de "suave musicalidade"!
Desejo uma excelente semana, com muita criatividade para continuar encantando nossos corações!
Com carinho, Lelê.