INCORRIGÍVEL BOEMIA
Oswaldo Antônio Begiato
os botequins
sempre abrem
abrem e fecham
fecham e abrem
os botequins
sempre
e sempre
e sempre...
e sempre há neles um cantor
com o sentimento ferido
e o coração rasgado
pelo cutelo do abandono
cantando e cantando e cantando
a canção que não se deixa findar
diferentemente de mim
que sou apenas um pobre ouvidor
e vivo reclamando da vida
horas e horas a fio
quase sempre embriagado
sentado à mesa amargurado
ouvindo e ouvindo e ouvindo
a canção que não pode se findar
3 comentários:
E o meu querido Poeta e Amigo transmite,de forma maravilhosa,sensível,triste até,o
ambiente da boémia que nos fascina,
dos locais onde se afogam mágoas!
Lindo,meu Amigo.
Beijo.
isa.
PS:- estive sem pc durante estes dias todos...mas acho que está bem agora.
Sou um inveterado admirador da metafísica dos botequins...
Poema expressivo, parabéns!
Abraço amigo!
Embriagada com toda essência que destilas entre linhas...
parabéns,Begizinho
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