MEDO
Oswaldo Antônio Begiato
Há vidas
e há vidas
havidas
ávidas.
Não se chegue
muito perto;
se chegar
fique em silêncio.
Posso apenas
prender firmemente
meus olhos desordenados
aos seus olhos
(há neles um conforto,
um nível
e uma infinitude
só vistos
nos oceanos
serenos).
Nada mais posso.
Se eu for além,
ou vier do além
corro o risco de lhe invadir
rompendo seus vínculos.
É que o medo que me cerca
vem de dentro de mim.
5 comentários:
Ah! Poeta!
Leio seus poemas e fico com vontade de lhe dizer o quanto aprecio, mas... me faltam palavras...
Abraços de carinho em seu lindo coração!
É nas amarras dos teus versos que te fazes livre. Voa,passarinho,sem medo de quedar.
Beijos
Quanta coisa linda Begiato. POETA, que arranca da alma e escreve para nunca quem leu, esquecer!!! Tenhas um feliz dia.
Li seu poema no blog da Isa e me encantei. O poema vale pelo sentimento que desperta. Você é ótimo com as palavras.
Abraços
Que belo poema, meu amigo poeta Oswaldo. Muitas vezes o medo de poder invadir o outro, faz com que nos fechemos, mas isso é natural, porque vem da nossa alma, como você mesmo falou. Ah, obrigada pelos comentários em meu blog. Um abraço! Neneca
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