QUE ESPERANÇA!
Oswaldo Antônio Begiato
Todo dia pela manhã,
arcada pelos pedágios do tempo,
Dona Alzira pega sua vassoura
e silenciosamente põe-se a varrer.
Varre o quintal,
varre a calçada,
varre a sarjeta,
varre a praça...
como quem varre os sonhos ruins que teve à noite.
Depois entra em casa, com passos de relógio,
e ninguém mais vê Dona Alzira.
Dizem que fica arquitetando sonhos bons
na esperança de sonhá-los à noite.
2 comentários:
Begi, sua poesia tão singela varreu a minha tristeza, revigorou e deu brilho à minha "casa", tão em desordem,ultimamente.
Obrigada por essa faxina.
Você é o melhor diarista que eu já conheci.
bjão
milene
Sabe, Poeta-amigo, acho que conheço um pouco dos segredos de D. Alzira...
às vezes parece que a noite não basta pros delírios do dia, não é mesmo? Abração. Suas poesias estão linda de mais...
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