terça-feira, 27 de setembro de 2011
QUE ESPERANÇA!
QUE ESPERANÇA!
Oswaldo Antônio Begiato
Todo dia pela manhã,
arcada pelos pedágios do tempo,
Dona Alzira pega sua vassoura
e silenciosamente põe-se a varrer.
Varre o quintal,
varre a calçada,
varre a sarjeta,
varre a praça...
como quem varre os sonhos ruins que teve à noite.
Depois entra em casa, com passos de relógio,
e ninguém mais vê Dona Alzira.
Dizem que fica arquitetando sonhos bons
na esperança de sonhá-los à noite.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
FLOR BALDIA
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
CALDO DE FEIJÃO
CALDO DE FEIJÃO
Oswaldo Antônio Begiato
Pela manhã acordei cheio de passado.
Assombrado com a beleza do dia imensamente lúcido
Tive vontade de tomar sopa de caldo de feijão.
De ficar, afagando o frio da tardinha, ao redor do fogão à lenha
Observando minha mãe fazer, como fazia naqueles dias de inverno,
A sopa de caldo de feijão com lingüiça caseira e macarrão Ave Maria.
Ave Maria:
- Era a prece que rezávamos antes da refeição
Nos tempos em que tudo era tão abençoado.
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