
SEGREDO DE POLICHINELO
Oswaldo Antônio Begiato
Frágil, tenho medo de que revele
O segredo que lhe deixei
Guardado dentro de nosso beijo.
Quebro-me fácil dentro de sua boca;
Meus pedaços lhe entrego, sem defesas.
No meio deles, os ruídos;
Nos ruídos, a sintonia;
Na sintonia, as semibreves,
Nas semibreves, as sílabas;
Nas sílabas, as conjunções;
Nas conjunções, minha carne;
Na carne, o beijo irreversível;
No beijo, o segredo que lhe deixei.
Frágil, tenho medo de que o revele.
3 comentários:
Bom dia,meu Amigo e meu Poeta!
Belíssimo o seu " Segredo de Polichinelo"!
Que ritmo!
Gostei muito.
Beijo.
isa.
Confesso:
que seguido venho aqui roubar um pouquinho da tua inspiração.
Roubo-a, mas não consigo carregá-la,e isso, dizem,é vergonhoso.
Confessei.
Quanto ao beijo, nada direi...
Lindo, Begi.
Parabéns, e perdoe a ousadia poética
"...Quebro-me fácil dentro de sua boca;
Meus pedaços lhe entrego, sem defesas..."
Caramba, ...quebro-me fácil dentro
desses versos.
Postar um comentário